domingo, 4 de outubro de 2015

Notas da estrada: das liberdades

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É como aquele parque de diversões que um dia fui. Naquelas horas intermináveis de espera, para alguns segundos de estômago revirado e frio na espinha.

Na confiança de que o eterno existe, na gênese do abismo que é sentir e querer. Em palavras jogadas ao vento, que nunca desaparecerão. Em sensações que retornam junto com seus olhos sobre os meus.
E do alto daquela colina, pude perecer. Sentindo o frio entrando pelos meus poros e o cheiro da madeira queimando dentro daquela lareira. Dentro de mais um momento em que percebi o porquê de estar lá.

Comparei-o ao encarcerado que vê nas páginas de um livro a sua única chance de estar em qualquer outro lugar. Comparei-me a uma fábula qualquer, sobre rainhas perdidas em reinos distantes, bruxas e duendes mal compreendidos.


Silenciosamente, fiz uma prece. Deixei a cidade sem olhar pra trás. 

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