terça-feira, 31 de março de 2015

Sobre Março e Suas águas (ou a falta de)


Mês de cinco sábados. 
Mês pra ganhar dinheiro, se matar de trabalhar, correr, ler, estudar e emagrecer.
Mês pra assumir que o ano finalmente começou e é preciso arregaçar as mangas 
caso queira ter férias planejadas e organizadas em Julho.
Mês de cinco pessoas, cinco lugares, duas sensações e uma viagem.
Mês que amores voltam, sonhos se realizam e pessoas chegam.
Mês cansativo, corrido, fotografado e pouco dormido. 
Mês assistido e apaixonado.
Mês estabelecido e oficializado: o melhor mês do melhor ano. 
Mês intensamente vivido. 

Até mês que vem. 

terça-feira, 10 de março de 2015

Sobre Fevereiro - A laterpost

Trilha sonora pra esse texto: Clique aqui



Descobri que têm pessoas que gostam das minhas fotos. Pessoas que nunca imaginei conhecer nessa vida. Vejo o Sol nascendo em quase todas as partes do mundo e tenho o prazer de mostrar o meu mundo para um bom número de fotógrafos, pseudo-fotógrafos, fotógrafos amadores, desocupados viciados em aglomerar seguidores e amigos. Mundo em 1 por 1, universo de filtros, hashtags, destaques e apps, lugar estranho onde se vende seguidores, curtidas e comentários. Mas ainda não vende talento. Ainda não vende amigos. Ainda não vende gentileza.

Tenho um pouco de medo de onde isso vai dar. Uma hora vai morrer, como todas as outras redes sociais morreram pra mim. Por enquanto é delicioso observar o comportamento do ser humano quando se refere a seu ego e orgulho. Bizarra a necessidade de autoafirmação. De se mostrar algo que muitas vezes não se é. Instagram. Dividiu o mundo em dois grupos de pessoas: aqueles que seguem mais gente do que são seguidos e aqueles que são mais seguidos do que seguem. Aparentemente, o segundo grupo depende do primeiro.

O tipo de perfil mais comum é aquele que tem 24.983 seguidores, segue 32 pessoas, só posta selfie e ganha no máximo 19 curtidas. Sim, esse tipo de gente me dá medo. Nunca vou entender qual a necessidade de se ter um perfil assim.

Os que mais gosto são os urbanos, hipsters e wannabe cool. Tipo o meu.
Entendi que quem tem o que oferecer não precisa pedir. Diariamente apago comentários de gente pedindo pra eu “seguir de volta”. Normalmente, as galerias dessas pessoas são repletas de rostos, corpos, espelho de banheiro e bebida alcoólica. Não sigo. Fim.

E sim, o Instagram bloqueia seu perfil quando acha que você é um ‘ghost’. No universo de Igers, os perfis de robôs são mais comuns do que se imagina. De novo, pela simples necessidade de se ter seguidores.

Vamos entender que é uma rede social. É um lugar pra encontrar gente com gostos parecidos com os seus. Um lugar pra se fazer amigos sim. Parem de tratar seguidores como fãs. Meu mundo sempre começa virtualmente, mas eu sei trazê-lo pra vida real e aproveitar o que eu posso tocar. Muito além da tela do meu celular.