Trilha pro texto: clique aqui
É como aquele parque de diversões que um dia fui. Naquelas
horas intermináveis de espera, para alguns segundos de estômago revirado e frio
na espinha.
Na confiança de que o eterno existe, na gênese do abismo que
é sentir e querer. Em palavras jogadas ao vento, que nunca desaparecerão. Em
sensações que retornam junto com seus olhos sobre os meus.
E do alto daquela colina, pude perecer. Sentindo o frio
entrando pelos meus poros e o cheiro da madeira queimando dentro daquela
lareira. Dentro de mais um momento em que percebi o porquê de estar lá.
Comparei-o ao encarcerado que vê nas páginas de um livro a
sua única chance de estar em qualquer outro lugar. Comparei-me a uma fábula
qualquer, sobre rainhas perdidas em reinos distantes, bruxas e duendes mal
compreendidos.
Silenciosamente, fiz uma prece. Deixei a cidade sem olhar
pra trás.
Nenhum comentário:
Postar um comentário