Como assim conquistar o mundo? Sim, eu tenho o direito de conquistar o meu mundo. O mundo que eu tenho e que eu criei pra mim. Com os habitantes que eu quero que vivam nele. Com os valores que eu acho que prevalecerão. Priorizando o que o indivíduo é, não o que esse indivíduo tem ou o que ele pode oferecer pra mim. Esse mundo é lindo e é só meu. – Como diz alguém muito querido: “um mundo de seres e não de teres”.
Viajar individualmente, pra mim, não é viajar apenas sozinha. Sim, estar sozinha é parte de uma busca de mim mesma, e estar comigo mesma durante alguns dias é extremamente saudável dentro das minhas fraquezas e necessidades de melhoria. É saudável pra mim e pra quem me rodeia. Mas, por que as pessoas viajam? Eu viajo pelo indivíduo. Eu e o próximo. O anônimo, aquele que nunca mais reencontrarei. Mas sei que existe. E aprendi alguma coisa com ele. Algo que com certeza me fez um indivíduo melhor.
Honrar territorialmente esse lugar onde mereci nascer. Pisar em solos diversos, respirar o ar que é sempre distinto, sentir as temperaturas oscilantes das brisas em meu rosto, ver o Sol se pondo em diferentes cantos, comer o fruto de cada terra, me deitar em diversas camas e me aconchegar em diversos braços e abraços. Ser um indivíduo que viajou e conheceu o mundo.
Seguirei minha estrada agora,
individualmente. Eternamente grata a todos que passaram por mim e dividiram um
pouco de si.
Quanto ao armário, ele ainda está
lá. Voltarei pra dentro dele sempre que achar necessário.
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